quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Mais alguns opcionais no Besouro...


Tomei coragem e fui até a oficina para instalar as "bieletas" que falvam na suspensão traseira. Ela conta com uma barra estabilizadora que até então não trabalhava por falta das peças em questão... Na foto acima se observa a "bandeja" ao lado do amortecedor e acima uma das extremidades da barra estabilizadora, contando ainda com as buchas originais. Fui informado por um experiente mecânico, que, tradicionalmente não se repunha as “bieletas”. Quando elas se desgastavam produziam um barulho na suspensão e por este motivo, somado à falta de necessidade de uma barra estabilizadora em um carro que não desenvolve altas velocidades, motivava o proprietário a não repor a peça. Eu vou tentar, já que encontrei e comprei um par.



O par de "bieletas" devidamente equipadas com buchas, parafusos de aço e "porcas de pressão".



Nesta altura o besouro já recebeu as "bieletas" e agora vem a parte da instalação das faixas brancas, características dos anos 70 ( mais finas ), um luxo estético que entendo ser necessário...


 
O Fusca em pleno atendimento. Sábado pela manhã é um dia perfeito para importunar os mecânicos com os "problemas" que nos dias "úteis" não seriam atendidos com a mesma simpatia.



Para completar o layout adicionei quatro sobrearos cromados e de metal ( caríssimos ).



Finalmente neste dia troquei as velhas lentes dos sinalizadores traseiros por novas lentes de acrílico. Além disto troquei as borrachas de vedação do corpo das lanternas, agora sim originais!



Vualá! Agora ficou faltando o borrachão dos pára-choques, que vão esconder as imperfeições oriundas de marchas a ré inconsequentes e totós no carro da frente. Posteriormente trocarei o par de pára-choques...Daqui uns anos ;) Não sabia no que resultaria esteticamente esta configuração nada original. Nunca houve, que eu saiba, um carro com estas características ( borrachão + garrinha cromada) em produção no Brasil. Corro o risco de "cruzar a linha" que divide o bom gosto, do indesejável...Eu gostei, depois mostro a foto.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Voltinha de Fusca!

Aos Domingos, e quando não chove, é dia de passear de Fusca!

O carrinho fez a festa da garotada...O Pedro, meu afilhado, com apenas oito meses adorou!



Mais tarde paramos nesta loja para uma foto radical!





É isso, se você se deparar com um Fusca branco, cheio de crianças e cachorros ele poderá ser o meu. Tudo bem se fingir que não me conhece, ninguém é obrigado a cumprimentar os malucos ;)


Aqui uma idéia de como vai ficar o Fusca, após a conclusão da "melhorias".


Aqui uma geral do interior acabado, finalmente.


Um grafite interessante, avistado na rua.

domingo, 22 de novembro de 2009

Fotos tiradas pelo Sr. Henrique do KGC




Estas duas fotos foram tiradas e enviadas pelo Sr. Henrique do KGC, um gentil e confuso senhor que se propôs a nos fornecer o certificado de originalidade e por conseqüência a placa preta. Desisti por motivos inúmeros e que não irei enumerar. Quanto a placa preta, fica para uma outra oportunidade, perante uma outra associação.

O fato é que o MAG, (apelido dado pela minha cunhada, tratando-se também das três primeiras letras da placa do Fusca) agora tem um par de faróis “originais” e não mais os Rossi (Tremendão) que vieram a princípio, quando comprei. Gostei. Aliás, instalei duas lâmpadas de 100w, (as originais eram de 55w). Prudentemente fui aconselhado a procurar um auto-elétrico para também instalar um relê, assim não causaria uma sobrecarga no chicote e uma possível queima. O som que “customizei” está funcionando bem, não é lá um super som, mas dá para curtir decentemente. O problema é que o Fusca é, por natureza, um automóvel barulhento, assim o som, seja lá qual for, deve competir com o barulho do motor e afins. Em breve mostro o som e suas especificidades.


Bom tudo dito assim, com brevidade, sucintamente, pode levar, erroneamente a crer, que tudo é fácil e se resolve indo e voltando do auto-elétrico e mecânico. Não se iludam! Foi difícil adaptar a rosca da lâmpada de 100w no corpo do farol, o som, e as novas lâmpadas “puxam” uma energia da qual o Fusca se "cansa" em repor, a bateria é de amperagem inferior à recomendável para se utilizar os componentes elétricos simultaneamente, etc, etc. Problemas e necessidades são uma constante no Mag, ademais, a filosofia Fusca é isso aí!

No próximo capítulo, se algo pior não ocorrer, vou contar de que forma descobri que o rotor do distribuidor estava com defeito.

sábado, 24 de outubro de 2009

Exposição de motivos


Decidi fazer este blog com a intenção de desopilar do meu outro blog que dá bastante (delicioso e interessante) trabalho; http://www.caltabianomotoclub.com.br/


Aqui posso escrever mais livremente e posso tratar de uma segunda paixão, após o motociclismo, O FUSCA! O Fusca vem arrebatando corações há muitos anos. No meu caso, a "febre" começou em 1997, quando morava na São Francisco, Califórnia.

Eu havia comprado uma moto, uma Honda Magna 750, mas, com o tempo, senti a necessidade de alugar carros eventualmente. Pensei então na possibilidade de comprar um carro de U$ 1.000,00. Aliás, esta história de carro de mil dólares é uma farsa! Pensei em um Super Beetle conversível, assim quando retornasse ao Brasil, poderia levá-lo comigo. Pensei até em ir dirigindo até o Brasil, comprei livros e pesquisei seriamente à respeito. Abandonei as duas idéias, após ir ver alguns exemplares anunciados nos jornais. Não tive a paciência nem o tempo necessários para executar a proposta. Mas, contudo, viajei pelos Estados Unidos por um mês, dormindo com minha namorada dentro de um Plymouth Voyager.












Foi isto mesmo, estacionava o carro em uma “rest area” e dormíamos em um colchão inflável comprado no Costo, que depois da viagem, ainda devolvi! Banho era com moedas e eram caros. Comida era Burger King, cujo Whopper, Pepsi e batatas custavam U$ 1,99 (uãn náini náin).


Bons tempos de dólar um para um...



Feito este breve preâmbulo, voltemos ao Fusca.

Pois bem corria o ano de 1998. Estava trabalhando como assistente de fotógrafo em um grande estúdio situado em Cotia, cidade da zona metropolitana de São Paulo. Procurei um Fusca que atendesse esta minha demanda diária de transporte e resolvesse o meu inconformismo e frustração de não ter, no passado, a paciência necessária para ter o meu Super Betlee conversível. Consegui comprar meu Fusca por R$ 7.000,00 em uma concessionária Volkswagen de Osasco um lindo exemplar 1600 série ouro.


Era vermelho Dakar, ou vinho metalizado, apelidado por mim de “Sweet cherry” ou doce cereja. Fomos felizes por um tempo, mas a mania de grandeza idiota, me fez trocá-lo por uma Hylux SW4. Besteira maior não poderia ter sido cometida!

Passaram-se os anos, e no começo de 2009, meditando sobre a possibilidade da nossa família adquirir um segundo carro, também em função da chegada da nossa primeira filha, voltou a idéia do Fusca. Procurei então em sites especializados e classificados da Internet. Após alguns meses concluí a compra em Florianópolis. O carro havia pertencido a um senhor do interior do estado, município de Timbó, Santa Catarina. A vendedora, atual proprietária informou que ela havia comprado deste senhor de Timbó, pelo mesmo preço que anunciara. O carro não me agradou muito no primeiro instante, mas, com a perspectiva de reformá-lo, e com o preço dentro do que procurava, acabei por comprá-lo assim mesmo. Abasteci em um posto, já na BR 101 e dirigi 70 Km ao sul, rumo ao município de Imbituba, onde encontraria meu pai, lá residente, há mais de dez anos.


Nossa idéia era reformar o carro, ali mesmo, em uma oficina mecânica da qual tínhamos, pouca ou nenhuma referência, aventura que aconselho a ninguém seguir.

Dei adeus ao novo amigo (Fusca) e ao velho (meu pai). De São Paulo toquei a obra com a inestimável parceria de papai. Desaconselho novamente este tipo de reforma.




Após dissabores mil, o carro foi reformado e trazido a São Paulo. Refiro-me à reforma, pois foi isto que ocorreu, restauração é outra coisa, muito diferente, feita por pessoas distintas e com muito mais talento que os pobres e esforçados mecânicos de Imbituba possuem.




Não que o trabalho ficou ruim, ficou bom, mas para ótimo, tem uma diferença incrível. Só que esta diferença custa muito mais caro. Muito mais! No atual momento da minha vida, o feito, já foi um luxo.






O fusca em questão, o meu fusca, é um besouro 1972. Ou Fuscão, como na época foi apelidado. Gosto deste ano, pois é o último ano que ele veio equipado com faróis “olho de boi” e pára-choques de lâmina única.


Assim, com estas características somente houve nos anos 1970, segunda série, 1971, 1972 o modelo 1973 veio com os faróis verticais, que para mim, tem cara de anos 80 e são muito sem charme. O meu ano de nascimento foi 1973, porém, prefiro andar com companhias mais velhas que eu.






E por falar em faróis, mas, o meu fusca veio com um par de tremendão, ou farol estilo Rossi, tratando-se de acessório de época. Sempre detestei os Rossi, mas no meu Fusca eles agradaram, não sei por que. Calma, eu já comprei os “olho de boi” para deixá-lo “original” e muito mais simpático!

Esta semana vou buscá-lo no tapeceiro. O interior caramelo foi refeito com exceção dos bancos que são e continuarão sendo originais. O tecido do teto e o "carrapatinho" do assoalho foram refeitos, tudo no padrão original.