sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

HiFi um clássico no vinil




 Homenagem a HiFi discos, pela trajetória de sucesso na venda dos "long play" & K-7. A Hi-Fi foi um marco para a cidade de São Paulo, Hélcio Serrano, o rotundo proprietário faz criticas durissímas à indústria do disco e, com total razão, destila seu veneno contra a politica das gravadoras em atender somente e preferencialmente os magazines. Não teve nada a ver com a crise por que passa toda a indústria fonográfica nacional, diz o proprietário, Hélcio Serrano. Mas, após 45 anos de funcionamento, a Hi-Fi, talvez a mais tradicional loja de discos de São Paulo, fechou suas portas para sempre. "A idéia de sair se deve ao fato de que estou coroa e quero aproveitar a vida. Vou emagrecer num spa e depois vou para Miami, vou viajar de navio pela Ásia", simplifica Serrano, 67 anos. "Quis me livrar porque não se consegue manter um negócio sem a personalidade do dono. A característica da loja, de sempre manter uma linha de música de qualidade, quem dava era eu." Ele nega relações entre o fechamento da Hi-Fi (que viveu sua época áurea na rua Augusta, chegou a ter várias filiais e se mantinha no shopping Iguatemi) e de qualquer suposta crise do que chama de "música de qualidade": "Sempre tive para vender todo tipo de porcaria. O que não admitia era que as porcarias tocassem na loja. Assim pude me tornar o mais antigo no mercado e manter três ou quatro gerações de consumidores qualificados. Mas agora a música virou merda. Não se faz mais nada, é tudo uma caca." Não economiza críticas às atuais estratégias da indústria: "No Brasil, dos anos 80 para cá, tentamos copiar o esquema americano descartável. Tudo ficou fabricado, as gravadoras passaram a pagar para colocar os artistas na TV. Axé, pagode ou caipira bossa nova, tudo ficou igual. A música está muito comestível, digestiva".

Nenhum comentário:

Postar um comentário